terça-feira, 2 de setembro de 2008

o tom de todos nós

Um belo texto do escritor João Gabriel de Lima, editor da Bravo! (veja o link), sobre o polêmico encontro do Rei Roberto com Caetano em Sampa, termina com a pergunta: qual o seu Tom?
O meu está em um CD que vem junto com a biografia do maestro escrita por sua irmã, Helena. São gravações caseiras feitas por Chico Buarque. Na melhor delas, Tom mostra ao parceiro a melodia de "Anos Dourados" (postei um vídeo abaixo) e diz algo como "é a coisa mais singela do mundo". Sempre que ouço o CD fico imaginando o Chico começando a delinear a letra que viria a ser tão perfeita. Há também uns diálogos maravilhosos de vozes pastosas porém lúcidas (ou lúdicas?) sobre garrafas de vinho e empregadas domésticas.
Conheci o livro e a autora em 1997, no Pinguim, em Ribeirão Preto, junto com o Zuenir Ventura e com um casal que havia acompanhado o maestro na Banda Nova. Foi uma noite inesquecível dentro de uma época em que eu escutava o dia inteiro o "Urubu", outro grande disco do Tom. Tão longe do mar, no meio dos canaviais, mas muito perto do Rio.

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