sexta-feira, 10 de julho de 2009

human nature



e anda e lê livros e acorda e rabisca papel e telefona e toma chá e vê filme e corre e atravessa o sinal e nada e compra chiclete e apaga a luz e acende a luz e toma uma cerveja e escreve poema e lê outro livro e vai almoçar com os colegas e pede perdão e com licença e desculpa e por favor e não encontra as coisas e pega ônibus e come bife à milanesa com espagueti na manteiga e paga mais uma conta e ouve rádio e tem vontade de mandar um monte de gente pra puta que o pariu e lava um prato e liga pros pais e corta um pão e nada e lê um poema e pensa e faz exames e devolve o filme na locadora e trabalha e goza e toma outra cerveja e vai ao banco e paga conta e lê jornal e pega avião e sobe na balança e encontra as coisas que perdeu e ouve música e faz sopa de tomate com manjericão e dorme e passa a mão nos cabelos e tem vontade de comprar um carro e sonha e faz de conta e deixa o dinheiro da faxineira em cima do aparador e as instrução cozinhe feijão em cima da mesa e ouve música e escreve e faz uma lista de compras e passa perfume e tem vontade de mandar um monte de coisas pra puta que o pariu e telefona e goza e pensa que a cidade está entupida de carros e que um dia os carros vão subir pelos prédios e os carros já sobem na calçada e anda e pisa na merda e vai almoçar com os colegas e fica pelado na frente do espelho com o tubo de desodorante na mão e canta eu estou vivo muito vivo in the eletric cinema e chora e trabalha e pensa e esquece onde deixou o boleto bancário e arremessa uma bola de borrocha em uma cesta e goza e acorda para fazer anotações em um bloco e assiste outro filme e lê mais livro e deixa o dinheiro da faxineira em cima do aparador e mede a pressão e dá muitas risadas e ouve rádio e corre e goza

(ps: por volta de 5min de vídeo o miles quase cai e um dos músicos tenta ajudá-lo; ele, é claro, fica puto com o gesto)

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