quinta-feira, 26 de junho de 2008

alfabeto

É mais ou menos assim:
Eles me pagam y, isso não dá para nada, e ainda assim eu trabalho z ao quadrado, correto?

Pois bem, então você entendeu que eu preciso de x para trabalhar menos w?;
sigamos.
Munido dessa equação, eu vou atrás do senhor x;
só que o senhor x quer me dar b para que trabalhe
s ao cubo sempre acompanhando o doutor k.

Não dá, com o perdão da rima pobre, entende?
Eu tento explicar que preciso de x, mas não posso acompanhar o doutor k ao cubo, sacou?;
é difícil dele entender porque ele só entende a língua do doutor k;
e eu tento de novo, simples:
preciso de x para trabalhar menos w e fazer n coisas que eu considero fundamentais para o bom desenvolvimento da vida humana na Terra.

Penso em explicar de novo, e me lembro dela, querendo pagar w mais y para eu simplesmente continuar respirando e fazendo coisas para o bom desenvolvimento da vida humana Terra.
Então, desisto, porque já está tudo pago, percebe?

Me despeço do senhor x com um forte abraço;
chego em casa e ligo a televisão;
duas moças falam de "A Serpente";
Sean Pean beija Jennifer Lopez na beira do desfiladeiro;
eu fico aflito e penso que preciso de x para trabalhar menos w e fazer n coisas que possam evitar que no mundo sejam produzidos novos filmes em que o mocinho sempre beija a mocinha na beira do desfiladeiro.

Está frio;
eu tomo gim.
eu ouço notas e somo letras;
não vai dar;
decido dormir.

No caminho do quarto, encontro o Nelson Rodrigues:
_Rapaz, todos os beijos do mundo são dados à beira de um precipício!
Eu não sei nada vezes nada, Nelson.

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